quinta-feira, 31 de julho de 2008

Ainda assim, haverá amor...


Não tenho ciúme de você, porque te amo.
Eu quero viver sempre ao teu lado.
Mas eu te respeito.
E, como é natural, respeito suas escolhas.
Se escolhes viver ao lado de outrem, respeitarei sua decisão. Sentirei sua falta ...
Ah, a saudade!
Mas não teremos mais tantas coisas em comum.
E eu não sofrerei como se o tivesse perdido.
Pois não eras meu, meu objeto.
Eras meu companheiro.
Afinidades nos uniram, nos fizeram caminhar lado a lado.
Se quiseres ir, seguiremos caminhos distintos,
Mas todos somos livres para tal.
Mas, se houver traição de confiança:
Neste caso, o respeito sentido sofrerá forte abalo,
O amor mudará de forma...
Mas ainda haverá amor.
Quando passar a raiva,
E a decepção se transformar em compreensão...
Por axioma fraternal haverá de vir o perdão.
Aquele seu gesto não mais me ferirá.
Mais uma vez, somos livres.
E como livre que sou,
Também eu, posso não querer mais caminhar ao teu lado, em tais circunstâncias...
Mas ainda assim, haverá amor.
Só não teremos mais coisas em comum.
A “desafinação de afinidades” nos complicará a convivência cotidiana...
Mas mesmo assim haverá amor.
Seremos agora companheiros de um fluxo maior de vida.
Caminharemos juntos na marcha maior de humanidade. Seguiremos caminhos distintos...
Mas somos livres para tal.
E ainda assim, haverá amor.

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